Mario Quintana

"Todos estes que ai estão atravacando meu caminho,eles passarão,eu passarinho"

Quero sonhar com um amor e acordar com voce
minha amada tão querida numca vou te esqueçer o
coração grita alto pra voce poder me ouvir que eu te amo
tanto tanto e te quero sempre aqui tão linda para mim
tão perfeita e sem igual é por isso que te amo esse amor não me faz mal

Me diz para que amar
se o amor não é corespondido.
me diz para que falar
se a voz não é escultada
me diz para que diser que há paixão
se não estiver apaixonado
me diz para que viver
se só vivo por você
me diz para que sonhar
se o sonhoé um simples sonho
e não a realidade.

Eu e você frente à frente,
É o medo e o desejo,
É a desconfiança e a esperança,
É o grito e o silêncio,
É o gelo derrentendo o fogo.

Eu e você frente à frente,
É ter sempre que me confrontar,
Encarrar os meus erros e as minha razões,
As minha verdades e as minha ilusões,
O meu poder e a minha impotência,
A minha liberdade e os meus limites.

Quando eu to na sua frente,
Eu sinto toda a minha dor,
Mas só na sua frente eu posso sentir,
Todo meu amor!

As palavras estão muito ditas
e o mundo muito pensado.
Fico ao teu lado.

Não me digas que há futuro
nem passado.
Deixa o presente - claro muro
sem coisas escritas.

Deixa o presente. Não fales,
Não me expliques o presente,
pois é tudo demasiado.

Em águas de eternamente,
o cometa dos meus males
afunda, desarvorado.

Fico ao teu lado.

Homem vulgar! Homem de coração mesquinho!
Eu te quero ensinar a arte sublime de rir.
Dobra essa orelha grosseira, e escuta
o ritmo e o som da minha gargalhada:

Ah! Ah! Ah! Ah!
Ah! Ah! Ah! Ah!

Não vês?
É preciso jogar por escadas de mármores baixelas de ouro.
Rebentar colares, partir espelhos, quebrar cristais,
vergar a lâmina das espadas e despedaçar estátuas,
destruir as lâmpadas, abater cúpulas,
e atirar para longe os pandeiros e as liras...

O riso magnífico é um trecho dessa música desvairada.

Mas é preciso ter baixelas de ouro,
compreendes?
- e colares, e espelhos, e espadas e estátuas.
E as lâmpadas, Deus do céu!
E os pandeiros ágeis e as liras sonoras e trêmulas...

Escuta bem:

Ah! Ah! Ah! Ah!
Ah! Ah! Ah! Ah!

Só de três lugares nasceu até hoje essa música heróica:
do céu que venta,
do mar que dança,
e de mim.

Amemos! Quero de amor
Viver no teu coração!
Sofrer e amar essa dor
Que desmaia de paixão!
Na tu'alma, em teus encantos
E na tua palidez
E nos teus ardentes prantos
Suspirar de languidez!

Quero em teus lábio beber
Os teus amores do céu,
Quero em teu seio morrer
No enlevo do seio teu!
Quero viver d'esperança,
Quero tremer e sentir!
Na tua cheirosa trança
Quero sonhar e dormir!

Vem, anjo, minha donzela,
Minha'alma, meu coração!
Que noite, que noite bela!
Como é doce a viração!
E entre os suspiros do vento
Da noite ao mole frescor,
Quero viver um momento,
Morrer contigo de amor!

Na minha sala três retratos pendem.
Ali Victor Hugo. Na larga fronte
Erguidos luzem os cabelos loiros
Como c'roa soberba. Homem sublime,
O poeta de Deus e amores puros
Que sonhou Triboulet, Marion Delorme
E Esmeralda a Cigana e diz a crônica
Que foi aos tribunais parar um dia
Por amar as mulheres dos amigos
E adúlteros fazer romances vivos.