Mario Quintana

"Todos estes que ai estão atravacando meu caminho,eles passarão,eu passarinho"

Observo atenta as muitas mulheres que habitam em mim
Dentro do meu peito (de)batem vários corações
Escrevo palavras que não me descrevem
Versos pobres que não se completam
Enredo sem começo, meio ou fim
Zodíaco de estrelas de um céu sem estrelas
Antítese em mim

Argumento e busco a razão de não ser, ou de ser
Sem saber realmente o que sou, quantas sou
Uma voz que acalma, em sussurros e
Outras vozes estridentes, que enlouquecem
Sabem-se todas donas de mim

E do muito que sou e que em meu ser se perde
Deixo apenas saberem do pouco que veem fluir de mim

Rosa branca, doce, gentil, sem espinhos que possam ferir
Ou vermelha como sangue, escarlate, ardente, mortal
Talvez apenas eu. Que quer que seja eu.
Completando o vazio da dúvida do ser com infinitas possibilidades
Inventando e reinventando todos os dias uma nova personalidade
Vendendo a imagem que mais agradar, mas que nunca diz o que sou de verdade

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